Entre a Preguiça e a Criação de Frenchies...





Publicado em  fevereiro de 2005 na revista da FAPESP  (Marcos Pivetta) o assunto mais parece uma aula de cinofilia voltada a todos os apaixonados pelo Bulldog Francês e cães de raça em geral.

O texto intrigante é um convite e uma provocação à analogia entre a evolução e a adaptação de espécies diferentes mas que parecem ter chegado a semelhantes encruzilhadas.


Vale a pena conferir a leitura consistente que poderia jogar um saco de pulgas atrás das orelhas curiosas de criadores e proprietários de Frenchies. (Sirley Vieira Velho)

Encruzilhada Genética

Baixa diversidade no DNA desafia a preservação das preguiças, que já vivem isoladas em pequenos trechos de mata

 pequenos trechos de mata

"Lentas e acrobatas das árvores, as simpáticas preguiças têm baixa diversidade genética. Estudos recentes, feitos por equipes independentes de universidades de São Paulo e de Minas Gerais, chegaram a essa conclusão. Embora possa ser uma característica natural desses mamíferos, a reduzida variabilidade no DNA pode também ser uma ameaça a mais para os animais, que têm de fugir de seus predadores naturais, da caça ilegal e do encolhimento de seu hábitat. Em linhas gerais, os trabalhos indicam que o isolamento prolongado de grupos desses bichos em pequenas e descontínuas áreas de floresta, em especial na picotada Mata Atlântica, da qual só restam 7% da cobertura original, produziu indivíduos com DNA quase igual no interior de cada população e, ao mesmo tempo, demasiadamente diferente do DNA de membros de agrupamentos distantes. O processo evolutivo fez cada região (ou estado) dar origem a bichos de linhagens genéticas específicas e únicas."....

"Cada preguiça no seu galho" -   (e quanto aos frenchies oriundos de países frios que aportam em terras tupiniquins?)

"Cruzar bichos geneticamente muito distintos também pode resultar em filhotes com vários problemas, como de adaptação ao ambiente ou malformações", comenta o geneticista Fabrício Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que orientou as análises genéticas no trabalho de Paula. Os estudos da equipe de Minas contam com recursos da PUC/MG, National Geographic Society, Flora&Fauna International e da Aracruz Celulose.

Leia o texto na íntegra clicando AQUI

 A criação ética deve ir de encontro ao bem estar dos animais.



Adeus ao Toyo

Na arte de ensinar está também o adeus quando a licão já foi assimilada...















Toyo já protagonizou um post aqui mesmo no blog.
A melhor parte de sua história ele viveu ao lado de sua família: Gabriela, Emmanuel e as manas caninas, Sophia e Dalila.










Ele era portador de hipotireoidismo congênito.
Contrariando todas as espectativas, viveu sem diagnóstico ou tratamento até quase dois anos de idade. Iniciou a reposição hormonal aos 21 meses de vida, porém a falta duradoura do homônio lhe acarretou muitas sequelas permanentes.

Com o inicio da levotiroxina Toyo pode de fato começar a viver, no entanto algumas condições gravíssimas ainda o acompanhavam.

Às vezes o Toyo "engasgava" sério, chegando mesmo a perder os sentidos. Foi em um desses engasgos que o menino valente e amoroso perdeu a vida. Ele chegou a receber atendimento veterinário, mas infelizmnete não resistiu, havia aspirado muito conteúdo gástrico.

A passagem de Toyo foi breve e deixou marcas em todos que o conheceram. Ele foi um anjinho que viveu o bastante para encontrar o amor e ensinar:
  • Sua veterinária  nunca mais deixará passar sequer um cão com hipotireoidismo por seu consultório sem diagnóstico.
  • Seus donos não serão os mesmos, um cão deixa marcas para sempre...
  • Seus amigos caninos com a mesma doença já começaram a "surgir" e vir a público, pois o correio do carinho e do cuidado aos poucos vai entregando a mensagem.
  • Certamente seus criadores também aprenderam com isso. 
As pessoas que puderam conhecer sua tragetória  hoje sabem um pouco mais sobre o hipotireoidismo canino e que ele deve ser evitado e  tratado precocemente. 
Toyo e sua família, a despeito da perda, foram multiplicadores. Ao compartilhar sua história eles forneceram uma ferramenta para que outros "Toyos" não passem desapercebidos por muito tempo.

Descanse em paz " Totoyo", pequeno anjo professor ...

Não importa tamanho ou posses, mas a altivez e a dignidade com que enfrentamos nossos desafios e nossa missão.
Não importa tamanho ou posses, mas a altivez e a dignidade com que enfrentamos nossos desafios e nossa missão.

Nossos Agradecimentos :

À Gabriela Schmitz e Emmanuel Estrela por compartilharem, muito mais do que uma história, carinho e respeito aos animais.
À Dra. Dalila da Silva pelo comprometimento e responsabilidade que permitiram trazer conforto ao Toyo.


Antes de optar por um cão de raça pura considere suas características físicas, temperamento, necessidade de exercícios e aspectos ligados a saúde e cuidados. O convívio prazeroso entre vocês se condiciona a sua disposição em atender à demanda do cão. 
Você sabia que um cão bem tratado pode ultrapassar 15 anos de vida? Adotar é um compromisso de longo prazo, pense nisso!




  Sirley Vieira Velho



Leia mais sobre hipotireoidismo canino:


http://skonbull.blogspot.com.br/2011/08/hipotireoidismo-bulldog-frances-nanismo.html


http://pt.scribd.com/doc/53045525/Revista-Veterinary-Focus-Patologias-Endocrinas

  Sirley Vieira Velho

Frenchies & Fumo: Contato de Risco

 Seu pet é fumante?



Poucas epidemias têm sido tão terríveis ou evitáveis quanto os malefícios trazidos pelo tabagismo. (1) Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o cigarro é o responsável pela morte de metade dos seus usuários,  seis milhões de pessoas ao ano. Cerca de 10% desses óbitos são em fumantes passivos.
Continue lendo no site da World Health Organization .






O cigarro teve seu grande “boom” na primeira metade do século XX, (2) principalmente nos países desenvolvidos. Desde então o hábito que se transformou em vício vem crescendo juntamente com uma série de doenças que, hoje se tem comprovado, resultam do cigarro como câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas e tantas outras.

Risco aos que não fumam

As evidencias de que o cigarro também seria capaz a afetar a saúde dos não fumantes são recentes, surgiram nos anos 60.

Fumante Passivo

É o individuo não fumante que involuntariamente se vê exposto à fumaça produzida pelos fumantes.
Com 1,3 bilhões de fumantes no mundo, todas as crianças, 2/3 da população adulta não fumante e todos os animais de estimação estão sujeitos aos malefícios do cigarro sem que possam evitá-lo. (3)

O cigarro carrega inúmeros componentes tóxicos além da nicotina e do monóxido de carbono. A fumaça que visualizamos é rapidamente diluída. A dispersão no ar contamina o ambiente ao mesmo em que nos dá a falsa a impressão de que o perigo se foi juntamente com o desconforto que ela provoca. No entanto os componentes cancerígenos do cigarro se depositam sobre todo o ambiente: mobília, tecidos de cortinas e estofados, tapetes, objetos, sobre nosso cabelo, pele,  e nos pelos de nossos animais.
Ficando normalmente pelo chão e levando quase tudo à boca, crianças e pets tornam-se mais vulneráveis que pessoas adultas a um novo tipo de exposição maléfica ao cigarro: a exposição por terceira via. (21) Então seu bebê ou mesmo seu bichinho fofo podem estar não somente inalando a fumaça que você expira como, literalmente, estarem comendo cigarros enquanto você "apenas" os fuma.

Assim como o ser humano, animais também sofrem danos quando expostos à fumaça do cigarro. Os animais de estimação, pelo convívio estreito com homem são tão afetados quanto as crianças.  O hábito da lambedura agrava a situação para gatos e cães lambedores, pois os resíduos de fumaça que se depositam sobre os pelos são ingeridos.(11)

É possível medir o grau de exposição ao cigarro?

A cotinina é um metabólito da nicotina (apenas uma entre as milhares de substancias diferentes encontrados no fumo) e é usada desde 1994 para dosar, no soro ou urina, a exposição humana ao cigarro. Um estudo feito com cães mostrou elevados níveis de cotinina em animais de estimação cujos donos fumavam no ambiente doméstico. Os níveis se mostraram mais elevados em cães braquicefálicos como Bulldog Francês, Bulldog Inglês, Pug, Boston Terrier etc. do que em cães mesocefálicos e dolicocefálicos. (11)

Para cada cabeça uma triste sentença…

A proporção entre comprimento da face e crânio dos cães determina maiores ou menores níveis de cotinina sérica diante do mesmo grau de exposição ao cigarro.

Braquicefálico

Os braquicefálicos como o Bulldog Francês, Bulldog Inglês, Pug, Boston Terrier, Shi Tzu, Pequinês, Griffon de Bruxelas, Boxer e outros, encabeçam a lista dos mais prejudicados pelo fumo.

Mesocefálico

Os mesocefálicos como o Cocker Spaniel, Labrador, Golden Retriver, Beagle, Poodle, Border Collie e outros seguem bem de perto os braquicefálicos na dosagem de cotininas.

Dolicocefálico
http://www.featurepics.com/online/Borzoi-Dog-Picture295449.aspx


Os menores níveis de cotininas foram encontrados nos dolicocefálicos como o Borzoi, Greyhound, Whippet, Afghan Hound etc., mas não dá para se animar não. Os dolicocefálicos, por sua longa cavidade nasal são também os mais expostos ao câncer de fossas e seios para nasais, triste, não é?(4, 5, 6,8)

Os efeitos sobre os animais de estimação são os mesmo que nos humanos

Em cães os cânceres de glândula mamária, testículos, bexiga, pulmão, cavidades e seios nasais, ossos e sistema linfático compartilham características clínicas, histopatológicas e tem um prognóstico semelhante ao dos humanos. Por isso têm sido amplamente utilizados em pesquisa terapêutica. (11)

- Deterioração da qualidade de vida: doenças geram despesas, sofrimento e desgaste tanto pra o animal quanto para seu dono;

- Exposição ao fumo em fêmeas prenhes:

·        Pode levar à prematuridade ou mesmo morte perinatal;
·        Fenda palatina;
·        Morte de neonatos sem causa aparente;
·        Sabe-se que em humanos o fumo durante a gestação aumento o risco de alergia na prole com predisponência à atopia (13). Respeitando a proporção, não ficariam os braquicefálicos, cujos nos níveis de cotinina são elevados em comparação a outras raças, expostos aos mesmos riscos?

Doenças e o cigarro

“Há muito que se pode aprender em medicina respiratória veterinária através da compreensão do sistema respiratório humano. Muitas idéias, técnicas e tratamentos poderiam ser aplicados em animais. No entanto é igualmente importante que se tenha ciência das diferenças entre as espécies para se chegar à compreensão do curso das doenças e adequação do tratamento.”- Brendan M Corcoran MVB, PhD, MRCVS

- Tosse crônica em cães. Embora o assunto exija mais pesquisas, há muitos indícios de que a exposição ao fumo esteja associada ao mal (15).

- Comprometimento do crescimento e desenvolvimento pulmonar em filhotes.

- Comprometimento respiratório. O exame de lavado bronco alveolar de cães cujos donos eram fumantes demonstrou reação inflamatória e cicatrizes crônicas em forma de antracosi, inclusões negras em macrófagos, determinando espaços alveolares inertes. Isso significa que esses cachorros podem sofrer com insuficiência respiratória em diferentes graus. Braquicefálicos e mesocefálicos (veja fotos e algumas raças citadas acima) são os mais prejudicados.
Embora o período necessário para que um cão desenvolva uma doença pulmonar crônica não esteja estabelecido, os achados demonstrados com esse estudo remetem para a possibilidade de um câncer de pulmão no futuro (6).
Vale lembrar que qualquer grau de comprometimento pulmonar é prejudicial e pode encurtar a vida e piorar a qualidade de vida de um cão.

O tratamento da bronquite crônica em cães e gatos inclui redução do risco ambiente e a eliminação do cigarro é considerada de importante beneficio para esses doentes (7, 22).

- Câncer de pulmão. Tem predileção por braquicefálicos (nossos queridos caras chatas) e mesocefálicos. Sua curta cavidade nasal envia a fumaça inalada quase que diretamente aos pulmões, de modo que esse passa a ser ao órgão alvo nessas raças (11).

- Câncer de cavidade nasal e seios paranasais. Por razões anatômicas os dolicocefálicos, cães de cavidade nasal longa, são os “queridinhos” desse tipo de câncer. O longo trajeto nasal dessas raças retém as substâncias cancerígenas ali mesmo, onde os tumores malignos se desenvolvem. (11)

- Otite média: crianças com doenças pulmonares crônicas e que são fumantes passivas desenvolvem mais otites médias do que as crianças que não são expostas à fumaça do cigarro.(18) Seria possível fazer uma correlação com os cães?

- Bronquite, traqueobronquite, enfisema pulmonar, tosse, aumento da secreção e produção de muco que pode adquirir aspecto purulento, broncoconstricção dentre outros sintomas. Embora tanto o enfisema pulmonar quanto a bronquite crônica possam ocorrer naturalmente em cães está comprovado que essas condições podem ser induzidas pelo cigarro. (14,19).
Pesquisas realizadas com cães indicam que a inalação de constituintes de alcatrão contidos no fumo é capaz de ativar o Fator XII da coagulação e consequentemente as vias dependentes dele. Essa é uma chave importante na patogênese da doença pulmonar crônica associada ao cigarro. A mesma pesquisa realizada em cães aponta ainda a ligação entre o fumo e a colecistite acalculosa ou doença biliar aguda sem a presença de cálculos (pedras) na vesicula biliar. (23)

- Colapso de traquéia: é uma síndrome caracterizada pelo achatamento dos anéis traqueais e pela frouxidão da membrana dorsal da traquéia com redução do espaço destinado ao fluxo de ar. A despeito de toda a controvérsia que circunda a etiologia e controle dessa condição, uma das causas secundárias do colapso de traquéia é a exposição aos inalantes do cigarro. (20)

- Síndrome mielodisplásica: representa um grupo heterogêneo de doenças que afetam a medula óssea interferindo na produção de uma ou mais linhagem hematopoiéticas, comprometendo a fornecimento células sadias para o sangue periférico. Essas síndromes podem facilmente evoluir para leucemias e tem no cigarro um dos gatilhos de disparo. (16)

- Linfomas: gatos expostos a fumaça de cigarro têm grande risco de desenvolverem linfomas malignos. Embora não esteja comprovado à associação ao fumo, sabe-se que linfomas também podem acometer cães.

- Aterogênese;(10) muitos são os fatores de risco e em humanos e o cigarro é um deles.(10)

- Distúrbios da coagulação. (23)

- Alergias: para seu controle é preciso reduzir a exposição aos alergenos. O cigarro é literalmente um veneno para indivíduos alérgicos ou com predisponência, incluindo animais.
Na próxima consulta ao veterinário sob queixa de alergia não se espante quando ele perguntar se você fuma.


Cigarro e os Gatos
http://www.clinicabiofilia.com.br/

Embora já tenhamos citado os bichanos, eles merecem um tópico especial não apenas por serem adoráveis, mas por seus hábitos.
Bronquite crônica e asma costumam acometer especialmente fêmeas adultas entre 2  a 8 anos de idade, mas podem surgir em gatos de qualquer idade. Os Siameses são as vítimas prediletas. A associação ao cigarro é forte.
Pesquisas apontando a associação entre o cigarro e o câncer de boca em gatos  acidentalmente comprovaram o link entre fumo e o linfoma felino.

Fumar ou não fumar? A escolha é fácil, mas a falta de atitude pode custar caro.

Você sabia que um cão bem tratado pode ultrapassar 15 anos de vida? Compete a você criar um ambiente saudável em que ele possa viver mais e melhor.
Adotar é um compromisso de longo prazo, pense nisso!


  Sirley Vieira Velho
http://skonbull.blogspot
Seja gentil, seja coerente e correto cite a fonte original sempre!

Referências

1-Jonathan M Samet, Marianna Sockrider-Secondhand smoke exposure: Effects in children. Literature review current through:  Fev 2012.www.uptodate.com 

2-Tiago Alves Jaques- DOS USOS E ABUSOS DO CIGARRO: O HÁBITO QUE SE TORNOU VÍCIO- Fiocruz, 2011 

3-Jonathan M Samet, Marianna Sockrider- Control of secondhand smoke exposure. Literature review current through:  Fev 2012.www.uptodate.com 

4- Kenneth M. Rassnick- 10 COMMON QUESTIONS FROM ONCOLOGY CLIENTS-Cornell University College of Veterinary Medicine, Ithaca, New York, USA, 2007. 

5-Antony S. Moore-ENVIRONMENTAL CAUSES OF CANCER IN PETS-Veterinary Oncology Consultants, www.vetoncologyconsults.com. Dublin, Ireland, 2008. 

6-Marcello Rodrigues Roza, Carlos Alberto Assis Viegas -The dog as a passive smoker: Effects of exposure to environmental cigarette smoke on domestic dogs, Nicotine & Tobacco Research Volume 9, Number 11 (November 2007) 1171–1176 –Universidade de Brasilia. Brasil. 

7-Helio Autran de Moraes-BRONCHIAL DISEASE IN DOGS AND CATS-School of Veterinary Medicine University of Wisconsin – Madison, Madison, WI, USA,2006. 

8-John S. Reif, Christa Bruns, and Kimberty S. Lower-Cancer of the Nasal Cavity and Paranasal Sinuses and Exposure to Environmental Tobacco Smoke in Pet Dogs,Am J Epidemiol Vol. 147, No. 5, 1998. 

9-J.D.Meeker1,5, S.A.Missmer2, D.W.Cramer2 and R.Hauser3,4-Maternal exposure to second-hand tobacco smoke and pregnancy outcome among couples undergoing assisted reproduction-Human Reproduction Vol.22, No.2 pp. 337–345, 2007 doi:10.1093/humrep/del406 Advance Access publication October 19, 2006.

10-Rebecka S. Hess- RISK FACTORS FOR CANINE ATHEROSCLEROSIS – NOT ONLY HYPOTHYROIDISM-The North American Veterinary Conference — 2006

11- Elizabeth R. Bertone-Johnson1,2, Elizabeth Procter-Gray1, Audra L. Gollenberg1, Michele E.Bundga1,3, and Lisa G. Barber2- Environmental tobacco smoke and canine urinary cotinine level- Environmental Research Volume 106, Issue 3, March 2008, Pages 361–364-

12-Keith A. Hnilica- HOW TO TREAT ALLERGY IN10 EASY STEPS-College of Veterinary Medicine The University of Tennessee, Knoxville, TN,www.UTSkinVet.org

13-T. Keil, S. Lau, S. Roll, C. Grber, et al-Maternal smoking increases risk of allergic sensitization and wheezing only in children with allergic predisposition: longitudinal analysis from birth to 10 years-

14-Brendan M Corcoran-Comparative respiratory medicine; what we can learn from understanding human respiratory diseases- Hospital For Small Animals, Royal (Dick) School of Veterinary Studies,The Uniniversity of Edinburgh Scotland, UK

15-E.C. Hawkins, L.D. Clay, J.M. Bradley, and M. Davidian - Demographic and Historical Findings, Including Exposure to Environmental Tobacco Smoke, in Dogs with Chronic Cough-J Vet Intern Med 2010;24:825–831.

16- Ann E. Hohenhaus - MYELODYSPLASTIC SYNDROMES- The North American Veterinary Conference – 2005 Proceedings.

17- Elizabeth R. Bertone, Laura A. Snyder, and Antony S. Moore- Environmental Tobacco Smoke and Risk of Malignant Lymphoma in Pet Cats, American Journal of Epidemiology Copyright © 2002 by the Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health -Vol. 156, No. 3 Printed in U.S.A.DOI: 10.1093/aje/kwf044

18- S Kristjánsson (sig@landspitali.is), HE Skúladóttir1, M Sturludóttir1, G Wennergren- Increased prevalence of otitis media following respiratory syncytial virus infection-26 July 2009; revised 8 October 2009;accepted 13 November 2009.Sigurður Kristja´nsson, M.D., Ph.D., Children’s Hospital, Landspıtali University Hospital, IS-101Reykjavı´k, Iceland.

19- Richard W. Chapman- Canine models of asthma and COPD- Pulmonary Pharmacology & Therapeutics 21 (2008) 731–742- USA.
20- B. Duncan X. Lascelles-TREATMENT OF TRACHEAL COLLAPSE- College of Veterinary Medicine North Carolina State University, Raleigh, NC - The North American Veterinary Conference – 2005 Proceedings

21- Melbourne F. Hovell, and Veronica L. Irvin- The public health significance of ETS exposure todogs and other pets- Nicotine & Tobacco Research Volume 9, Number 11 (November 2007) 1067–1069

22- Helio Autran de Morais- RESPIRATORY DISEASES IN OLD DOGS-Internal Medicine & Cardiology- Oregon State University, USA 2009

23- LARRY DILLON- Induction of Acalculous Cholecystitis and Pneumonitis in Dogs Following inhalation of Constituents of Cigarette Smoke Condensate - From the Departments of Pathology and Surgery,New York Hospital-Cornell University Medical Center, New York.

24 - Organização Mundial de Saúde - http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs339/en/index.html

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