Cistos interdigitais



Entre os dedinhos doendo e incomodando:


Edema severo em lesão crônica. Fonte: Small Animal Dermatology, A color Atlas and Therapeutic Guide

As dermatites interdigitais compreendem: pododermatite; foliculite podal e cistos interdigitais. São doenças multifacetadas. Costumam recorrer e podem ser difíceis de diagnosticar e tratar.

Alimentando filhotes por sonda.

Cuidar de filhotes sem mãe é o pior pesadelo de um criador.
Filhote alimentado por tubo e mamadeira. Fonte Skonbull

Mães podem morrer durante ou após o parto. Podem ter complicações que tornam seu leite tóxico para os filhotes. Isso acontece nas infecções, toxemias ou sepse. Existem inúmeras substâncias que são excretadas pelas glândulas mamárias contaminando o leite. Nesses casos o criador experiente só permitirá o aleitamento após controle do quadro infeccioso ou restabelecimento da fêmea.

Alguém já ouviu falar de alguma puérpera em estado grave internada em UTI e amamentando seu bebê? Ou quem sabe de alguma mãe na maternidade comendo feijoada? Assim fica fácil entender, não é?

Mesmo que não haja nenhum problema com a mãe às vezes temos de cuidar de filhotes prematuros ou daqueles que não conseguem mamar sozinhos. Se for possível, convém ofertar algumas gotas do colostro frequentemente na boca desses filhotes durante as primeiras 12 horas após parto.

Em ninhadas grandes a mãe poderá precisar de ajuda para alimentar os bebês. Para assegurar que todos mamem na mãe estabeleça a precisa identificação dos filhotes para o revezamento.

Queda significativa na produção de leite também ocorre com o uso de alguns medicamentos.

É sempre importante estimular o filhote a mamar. Devemos dar condições à mãe para se recuperar da cesariana lembrando que ela sente dor, medo e ansiedade que levam a quebra no processo instintivo. Convém ficar junto dela, tentar tranquilizá-la com palavras e afagos, em suma estar presente. Isso torna o animal doméstico mais seguro.

A alimentação artificial deve figurar como último recurso. Devemos ajudar, mas nunca atrapalhar a natureza.

Recém nascidos braquicefálicos em geral correm risco de broncoaspiração se alimentados com mamadeiras. Ao mesmo risco estarão sujeitos os filhotes prematuros ou fracos de qualquer raça.

Veja uma excelente video aula no Youtube


Para alimentação por sonda é preciso:



AU-KIMIA: Cirurgia: Megaesôfago devido à PAAD

Megaesôfago não é sentença de morte!


AU-KIMIA: Cirurgia: Megaesôfago devido à PAAD: "Série de fotos e vídeos da cirurgia de uma cadelinha SRD (Menina) de 2 meses de idade e portadora de megaesôfago congênito devido à persis..."

 Confiram a postagem do blog AU- KIMIA


Quem nos acompanha deve ter lido também o post da cirurgia da Bibi, portadora de megesôfago.

O empenho e a busca do saber são os instrumentos de trabalho daqueles se dedicam a salvar vidas.

Sirley Vieira Velho


Páscoa e seus mistérios

PÁSCOA - LUIZ FERNANDO VERISSIMO


-Papai, o que é Páscoa?
-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
-Igual ao Natal?
-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
-Ressurreição?
-É, ressurreição. Marta, vem cá!
-Sim?
-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
-O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu!Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
-O Espírito Santo também é Deus?
-É sim.
-E Minas Gerais?
-Sacrilégio!!!
-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
-Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
-Coelho bota ovo?
-Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!
-Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
-Era... Era melhor,sim... Ou então urubu.
-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né?
-Sim.
-Que dia ele morreu?
-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
-Que dia e que mês?
-(???) Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
-Um dia depois!
-Não três dias depois.
-Então morreu na Quarta-feira.
-Não, morreu na Sexta-feira Santa... Ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
-Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
-É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
-O Judas traiu Jesus no Sábado?
-Claro que não! Se Jesus morreu na Sexta!!!
-Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
-Ui...
-Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
-Cristo. Jesus Cristo.
-Só?
-Que eu saiba sim, por quê?
-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
-Ai coitada!
-Coitada de quem?
-Da sua professora de catecismo!

 (Luiz Fernando Veríssimo)
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 Feliz Páscoa a todos

Sirley Vieira Velho


Bulldog Francês Beta Desaparecida

Beta desapareceu em 3 de abril de 2011 após roubo de residência no Brooklin, zona sul de São Paulo.


Infelizmente o furto e mesmo o roubo de animais de estimação está se tornando cada vez mais comum. Alguns amigos acompanharam em 2009 a situação que vivemos aqui em casa. Com empenho e a ajuda de todos na divulgação recuperamos nossos cães.
Depois disso ajudamos a recuperar outro frenchies furtado aqui mesmo na vizinhança.
Na mesma época uma bulldoguinha inglesa foi roubada (sim roubada, as pessoas que a levaram estavam armadas) também aqui na vizinhança. Um ano depois essa cachorrinha foi recuperada.
Poucos meses depois o gato Plantinho foi levado de sua casa em Florianópolis. Oito meses depois a Paula, que nunca perdeu as esperanças, conseguiu recuperá-lo.
Então vamos ajudar a divulgar o desaparecimento da Beta para que ela possa voltar para casa e para o Ricardo.

    Beta quer voltar para casa e para o Ricardo. 
                      Ajude a reencontra-la


                                        Essa história pode ter um final feliz
                                             Divulgue    
                                          



Beta desapareceu em 3 de abril de 2011 após roubo de residência no Brooklin, zona sul de São Paulo.

Contato com Rodrigo
(11) 3567-1040 e 3283-1479
Nextel: 55*84*6229
rodrigobatistaaraujo@.com

Dicas para recuperar seu cão perdido

Ajude a divulgar

Sirley Vieira Velho 

Nosso tributo às vítimas do massacre no Rio

Em confronto com a insensatez humana os animais nos oferecem grandes lições.





Que o tempo e a misericórdia divina possam abrandar a dor nos corações dos que perderam seus entes queridos.

Fiquem com Deus

Sirley

Cirurgia para megaesôfago ou acalasia em cães.



O objetivo desse post é tornar público o caso de uma Bulldog Francesa de 19 meses submetida, com sucesso, a uma técnica modificada da cardiomiotomia de Heller. Trata-se do reparo cirúrgico do cardia (esfíncter esofagiano inferior) como tratamento do  megaesôfago ou acalasia.
Neste caso específico a eutanásia já havia sido indicada.


Bibi reduzida a pele e ossos três dias após a cirurgia. Aqui ela tinha pouco mais de seis quilos e já havia ganhado peso.


A boa notícia vem para aqueles que possuem um cão acometido  pela enfermidade. 


 
A recomendação veterinária para casos graves da doença, até então, era a eutanásia, porém a medicina humana há décadas trata pessoas acometidas por essa condição. Antes que a miotomia fosse praticada em humanos muitos cães foram submetidos a ela com êxito, pobres cobaias.  No entanto livros de medicina veterinária não relatam o fato. Ao contrário disso e estranhamente alguns autores citam até mesmo a ineficácia da técnica quando aplicada em cães (1, 2, 3, 4).  

O megaesôfago é uma doença de causa ainda desconhecida podendo estar associada a outras doenças. Há perda da motilidade ou peristaltismo esofagiano e falência no relaxamento da musculatura do esfíncter ou válvula na transição do esôfago com o estômago (o cardia). Tal condição não permite o trânsito adequado dos alimentos. Eles ficam estagnados no esôfago promovendo sua dilatação progressiva e por consequencia episódios recorrentes de regurgitação, disfagia, emagrecimento e pneumonias aspirativas. Quando não tratado pode levar à inanição, caquexia, desidratação e morte. 

Como opção não cirúrgica há a possibilidade de realizar injeção de botóx (toxina botulínica) por via endoscópica na área da transição esôfago-gástrica (cárdia). Esse tratamento é paliativo pois os efeitos da toxina botulínica são degradados e o relaxamento do cárdia deixa de ocorrer em alguns meses. A cirurgia videolaparoscópica, por se tratar de método menos agressivo é praticada em humanos e poderia muito bem ser desenvolvida em cães resultando em recuperação mais precoce.

Foto cedida por Josiane Pires

A cirurgia não é curativa, pois não recupera o peristaltismo esofágico, mas sim irá permitir a continuidade do fluxo dos alimentos. Faz-se necessária a permanência na posição vertical até que o alimento chegue ao estômago. A ação da gravidade passa a ser  fundamental para o trânsito do bolo alimentar. O fato do ortostatismo dos quadrúpedes ser diferente do humano pode ter sido a causa da frustração daqueles autores. A cirurgia garante a chegada do alimento ao estômago mas não dispensa os cuidados posturais e dietéticos.


 Nutición Clínica en Pequeños Animales - 4ª Edición. Hills

Dois amigos cirurgiões, um médico e o outro veterinário, uniram-se em fevereiro de 2010 e realizaram a miotomia, reparo cirúrgico para tratamento do megaesôfago (acalasia) em um cão com sucesso. A paciente foi uma jovem fêmea de Bulldog Francês e a técnica utilizada foi a mesma que hoje é praticada em humanos. Foi realizada uma cirurgia para abertura do esfíncter esofagiano inferior além da confecção de uma válvula para coibir o refluxo. 

Hoje a cachorrinha leva uma vida saudável e feliz. 

Em fevereiro de 2011 completou um ano da realização da cirurgia. A frenchie ficou restrita a refeições pastosas e precisa adotar elevação do tronco enquanto come. Quem a vê jamais a imaginaria em estado caquético e condenada à eutanásia. Sua família humana agradece cada dia vivido ao lado dessa pequena vencedora e sortuda. Ela encontrou profissionais que somaram esforços para lhe oferecer vida quando todos recomendavam a morte como única forma de aliviar o sofrimento.
A criatividade está em buscar a melhor saída. Praticamente tudo já foi dito, feito ou pensado. Cabe ao homem tomar do conhecimento e fazer bom uso.” (Sirley Vieira Velho)

Conheça a luta e vitória de Bibi e sua família

Por Lisandra Krummenauer Moura,  proprietária do Canil Masllov

Bibi era uma cachorra saudável e feliz. Foi cruzada em seu segundo cio. A partir daí começou seu sofrimento. Regurgitava frequentemente: algo típico da prenhez. No começo o sintoma não causou maiores preocupações, pois não é incomum frenchies regurgitarem. O calor intenso de dezembro de 2009, associado à gravidez justificaria o fato. Em 30 de dezembro de 2009 ela deu à luz dois filhotes, sendo que um deles morreu ao nascer. 

Cerca de 20 dias depois do parto o número de regurgitações diárias passou a se tornar progressivamente maior. Nesse momento percebemos que algo estava errado. Ela foi levada ao plantão veterinário onde colheram amostras de sangue e foi submetida a um RX. Depois disso foi dispensada com suspeita de virose. 

Recomendaram uma dieta a base de frango e arroz e o retorno no dia seguinte para avaliação dos resultados dos exames. Nesse meio tempo até o dia seguinte mergulhamos na internet em busca de respostas. Dentre todos os artigos pesquisados a possibilidade era de que se tratasse de acalasia ou megaesôfago. No retorno ao vet. os exames se mostraram normais, inclusive o RX. Porém já havíamos nos antecipado e sabíamos que na maioria dos casos de acalasia apenas o RX contrastado pode dar o diagnóstico. Isso foi sugerido ao vet. que muito a contragosto atendeu a nossa insistência e repetiu o exame, dessa vez com contraste. 

                               RX mostrando dilatação e estagnação do contraste no esôfago 
                                             selando o diagnóstico de megaesôfago 



Alguns cães sobrevivem bem comendo na posição vertical. O alimento desce até o estômago e não volta mais. Outros infelizmente acabam sacrificados ou morrem de inanição, pois o alimento não chega ao estômago. Não existe tratamento que seja capaz de restabelecer o tônus e a motilidade esofágica. Uma vez dilatado ele perde os movimentos peristálticos que empurram o alimento para dentro do estômago. Com a Bibi a situação foi grave, o esfíncter que existe entre o esôfago e o estômago estava hipertônico, por isso o esôfago dilatou. Seguimos a orientação de alimentação pastosa, mas em sete dias só havia aceitação de líquidos.

Iniciamos uma busca desesperada por algum tratamento. As repostas eram desanimadoras e unânimes: “não havia solução, a cirurgia traria pouco ou nenhum resultado e não era recomendada”. Aconselhavam sacrificá-la, justo ela que dormia com minha filha. Onde buscar coragem para isso?  
Cadeira para alimentação de animais com  megaesôfago
Nesse tempo eu trocava idéias com a Sirley e o Evandro, amigos do canil Skonbull. Eles sugeriam que eu a levasse até Florianópolis e lá viabilizariam, juntamente com o veterinário do canil, uma cirurgia há muito realizada em humanos. Evandro é médico cirurgião e estava familiarizado com tal procedimento. Eu tinha medo de tentar e não dar certo. Queria saber de alguém que já tivesse feito esse procedimento com resultado positivo em cães. 

Finalmente chegou ao limite, nem líquidos passavam mais. Ela regurgitava até mesmo a água. Estava definhando dia a dia. 

A levamos a um veterinário que perfurou sua bochecha e através desse orifício introduziu uma sonda até seu estômago. Assim passamos a alimentá-la com leite injetado por seringa através da dita sonda. O desconforto era imenso e foram quatro dias até que ela mastigasse triturasse e regurgitasse a sonda. Tirei os pedaços da sonda pelo furo na face. Fiz um curativo e finalmente tomamos a decisão "chega de machucar a pobrezinha". Liguei para a Sirley e combinei de levá-la no carnaval, quando teríamos folga. Precisávamos arriscar, afinal a eutanásia não é algo facilmente tolerável. Por dias injetamos soro através de um acesso venoso em sua perna. As veias estouravam com facilidade. Para mantê-la viva até a cirurgia, na ausência de veias, comecei a administrar soro por via subcutânea. Fazia bolas enormes de líquido sob sua pele. É horrível ter de furar o bichinho da gente várias vezes ao dia num procedimento doloroso. Ela morria de medo de mim.  

No carnaval eu e minha filha a levamos até Florianópolis. A Sirley e o Evandro se assustaram com a magreza da Bibi. Ficaram temerosos quanto a ela resistir ao procedimento cirúrgico. Ela foi levada até a clínica veterinária onde foi operada. Foi cortado o esfíncter que fechou e criada uma válvula anti-refluxo com o fundo do estômago para a comida não voltar mais. Além da cirurgia do esôfago foi realizada também sua castração.

Voltamos para casa e aos poucos ela foi se recuperando. 





Hoje está faceira e totalmente saudável. Observamos que a alimentação pastosa causa menos desconforto. Ficamos com ela no colo em posição elevada até que arrote, semelhante ao que fazemos com bebes humanos. Minha filha é quem dá a comida a ela. De minha mão ela se recusa a comer pois associou com "passar mal". Até hoje ela treme quando vê a lata de comida, tem medo de comer, se esconde embaixo dos móveis. Tirando esse medo ela é uma cachorrinha super feliz, passeia conosco, brinca com os outros cães e ainda dorme com minha filha. Não ficaram sequelas físicas.

O comprometimento dos donos no manejo do cão é essencial para o sucesso da cirurgia e tratamento (5).

 Sirley Vieira Velho

Seja gentil, seja coerente e correto cite a fonte original sempre.


Referências

1- William R. Fenner-Consulta Rápida Em Clínica Veterinária. 3ª Edição, Ed Guanabara Koogan - RJ 2003.
2- Richard W. Nelson, C. Guilhermo Couto-Medicina Interna de Pequenos Animais - 4 Edição. Editora Elsevier Ltda. 2010.
3-Hoskins, Johnny D-Veterinary Pediatrics Dogs and Cats from birth to six months-3rd edition-Ed Sounders Philadelphia, PA, USA – 2001 
4- Todd Tams-Handbook of Small Animal Gastroenterology - Ed. Saunders. West Los Angeles, CA 2003. 
5- The Merck Veterinary Manual, Merck & Co., Inc -Whitehouse Station NJ, USA-2008. 
6- Stuart J Spenchler-Clinical Manifestation and Diagnoses of achalasia -Last literature review version 18.3: September 2010-www.uptodate.com 
7- Stuart J Spechler-Overviw of the treatment of achalasia - Last literature review version 18.3: September 2010-www.uptodate.com 
8- Stuart J Spechler-Pathophysiology and etiology of achalasia-Last literature review version 18.3: September 2010-www.uptodate.com
9- Thatcher Remillard et all-Nutritión en Pequeños Animales- Hand, 4ª Edición- Ed Hills 2000.

Dica de leitura : Superinteressante março 2011

" Eles se apaixonam, fazem planos para o futuro,sentem saudade, tecem intrigas  e enganam você. A ciência começa a descobrir que sim, os animais também são gente. Para o bem e para o mal."
Texto de Eduardo Szklarz e Alexandre Versignassi

Quem gosta e respeita os animais já sabia de tudo isso e mais um pouco... Quem já leu alguns texto por aqui e conhece a linha do blog sabe da constante correlação que fazemos entre saúde e comportamento humano e animal, então poderá curtir essa matéria.
O texto vale para você que já está careca de saber e quer confirmar que não é o único a pensar assim e vale principalmente para aqueles que se julgam "animais superiores".

Fica aqui nossa dica de leitura :))

Sirley Vieira Velho

E por falar em criação...



Antes de cogitar uma ninhada considere os perigos inerentes ao fato. Até o mais zeloso criador estará sujeito a eles.

Lembre-se do crescente número de animais abandonados, inclusive cães de raça pura.
Encaminhar um filhote pode ser o momento mais difícil do criador não comercial.

Duras verdades da criação (Adptado do texto original de Jane Anderson)

- Ao cruzar um animal você o submeterá a riscos, até mesmo risco de vida.

- Um cruzamento é uma despesa e você provavelmente terá muito mais gastos do que retorno pela venda dos filhotes.

- Independentemente do quão experiente você seja, ninguém estará imune a desastres.

- Prepare-se para as repousantes noites em claro.

- A morte de um filhote, mesmo em uma ninhada grande, é sempre dolorosa. Prepare-se para enfrentar isso.

- É difícil salvar um filhotinho da síndrome do desvanecimento. Se eles ficarem hipotérmicos eles morrem. Se ficarem hipoglicêmicos eles morrem. Se ficarem desidratados eles morrem. Você poderá perder uma ninhada inteira por essas causas se não souber como evita-las, reconhece-las ou se não for capaz de socorrer um filhote nessas circunstâncias.

-É impossível predizer o sucesso de um cruzamento, por melhor que seja o par. Independentemente de serem típicos ou não, saudáveis ou doentes cada um dos filhotes é sua responsabilidade. Cada um deles necessitará de cuidados veterinários e de higiene, boa alimentação, atenção, carinho, socialização e de um bom lar.

- O veterinário perfeito não existe. Você possivelmente terá de liderar a maior parte das decisões diante de uma cruza. Isso poderá incluir:
  •  Todo o preparo da matriz que inicia-se bem antes do cio:
  •  A forma como a fêmea irá conceber;
  •  A condução de uma prenhez normal ou complicada;
  • atenção à matriz quanto ao parto ( lembre-se de que você não poderá contar com o veterinário "perfeito" acampado em sua sala o tempo todo) ;
  •  Aleitamento até os cuidados com recém nascidos saudáveis ou "doentes" etc.

Com um mundo de informações ao alcance de todos não se admite que animais padeçam por circuntâncias evitáveis apenas porque o "criador" as desconhecia. 

Uma cruza não é simplesmente juntar dois animais . Esse tipo de prática não se aplica a cães de raça por ser perigoso e imprudente, então muna-se de conhecimento antes de se aventurar:





-leia muito;
-forme uma biblioteca;
-tenha um criador que te oriente;
-mas lembre-se de que nunca saberemos o suficiente!


Quando julgar que já aprendeu um pouco divida com outros. Ensinar é aprender duas vezes.




Animais destinados à reprodução deveriam ser selecionados de forma racional.
 Estudar um pedigree vai além de saber reconhecer os títulos de beleza ali documentados.
O amor que você sente por seu cãozinho não é razão suficiente para justificar uma cruza. 
Animais destinados à companhia (pet) não se prestam à reprodução. Considere a possibilidade de castrar seu animal de estimação.



-Você terá sido responsável se tudo correr bem ou se algo der errado.







Sirley Vieira Velho

Direito reservados
Seja gentil, seja coerente e correto cite a fonte original sempre.


Referências:

1- Jane Anderson- Aprenda a criar http://www.learntobreed.com/
2- Phyllips A. Holst- Canine Reproduction, The Breeder's Guide, 2nd Edition, 2000- Alpine Blue Ribbon Books-USA
3-Chriss Walkowicz and Bonnie Wilcox- Successful Dog Breeding, the complete handbook of canine midwifery, 2nd Edition, Howell Book House-USA


Criação e bem estar animal: juntos sim, por que não?

 Traduzi a introdução deste artigo. Clique no link para baixar na íntegra o conteúdo completo e original na língua inglesa e francesa. Vale a pena conferir tim-tim por tim-tim.

Sirley Vieira Velho




Can Vet J. 2007 September; 48(9): 953–965.


Hoje estão catalogadas mais de 500 doenças de transmissão genética em cães de raça pura(1). Doenças hereditárias como a displasia coxofemural, síndrome braquicefálica, miocardiopatias, disfunções endócrinas, desordens sanguíneas (nota do tradutor: discrasias sanguíneas e coagulopatias) e centenas de outras que podem afetar a qualidade de vida e a longevidade dos cães. As mais de 400 raças atualmente existentes, são construções artificiais da fantasia humana, em vez de o resultado evolutivo da seleção natural (2,3). A ampla gama de doenças genéticas encontradas em cães de raça pura reflete o seu desenvolvimento não natural. As associações cinófilas e os criadores são em grande parte responsáveis pelo bem estar animal(2,4-6). 

Veterinários também têm facilitado a progressão desta situação. Como profissionais conhecedores da saúde e cuidado animal , deveriam participar das resoluções que dizem respeito a saúde. Felizmente  proprietários de cães, criadores responsáveis, veterinários e cientistas do bem-estar animal podem exercer pressão suficiente para convencer o Canadian Kennel Club (CKC) e outras associações de criadores a reavaliar e redefinir seus regulamentos e padrão das raças para acabar com a endogamia que causa tantos problemas genéticos (7-9). Vários aspectos ligados a doenças genéticas relacionadas a raças caninas devem ser investigados para que se possa determinar que mudanças precisam ser feitas nas atuais praticas de criação e como essas mudanças seriam efetivamente implementadas, 
O papel histórico das raças criadas pelo homem, padrões modernos de clubes de raças, métodos de melhoramento e genética canina devem ser explorados para que se possa entender as principais causas dos problema bem como a forma de serem resolvidos. Responsabilidade ética pertinente a veterinários e criadores devem ser consideradas.



Seja gentil, seja coerente e correto: cite a fonte original sempre.

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