Transporte aéreo? O céu pode esperar...

Alerta de Verão


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É preocupante o número de frenchies que tem sido vítimas do calor. A questão é grave. Todos os meses tomo conhecimento de novas mortes e isso me deixa apreensiva.
O drama dos animais importados que chegam de climas frios e desembarcam aqui no Brasil parece não ter fim. Percebe-se que algumas linhagens não toleram nosso verão, são adaptadas a temperaturas mais baixas.
O período de aclimatização (mudanças fisiológicas, comportamentais etc) pode ser longo. Já a adaptação genética leva gerações para ocorrer. Guardando a proporção, imagine um pobre esquimó transportado por um disco voador sendo largado no auge do verão em Belém do Pará. Ele meio atordoado sem saber como se livrar de sua couraça de peles...
Há proprietários que atribuem essas mortes a outras causas ou sequer pensam em investiga-las.



Em  fevereiro de 2009 vivemos um drama que por pouco não acrescenta mais uma cruz à coleção do verão. Nossa Amy chegou da Hungria ao aeroporto de Guarulhos por volta das 6 horas da manhã e o despachante aduaneiro por desdém e irresponsabilidade a deixou "cozinhando" no galpão da infraero. Esse mesmo despachante nos enviara Iv um ano antes. O menino chegou em casa lépido, alegre, saltitante, comendo e bebendo como um lobinho,  então acreditamos que Amy não poderia estar em melhores mãos. Sendo dessa vez verão reforçamos a necessidade de cuidados extras.
Mantive vários contatos telefônicos e o despachante sempre me tranquilizando:ela é uma gracinha, está ótima, tudo sob controle, etc. Por último ele bateu a real. Desfalecida foi transferida para uma clinica veterinária próxima e que muitas vezes serve de hospedagem a animais em trânsito. Entrei em contato com a tal clinica e a vet me falou do estado da Amy. Fiquei alarmada, mas o perigo ainda rondava nossa pequena: para baixar sua temperatura que passará dos 40ºC a veterinária estava ministrando somente dipirona a ela. Por que não molhar a pobrezinha  o mais rápido possível? Eu perguntei. Não, de forma alguma, me respondeu a verinária mudando imediatamente o tom e tornando aspera e agressiva. Perguntou qual era a minha profissão, pois ela era a veterinária. Segundo ela e sua excelente formação é assim que se procede diante de um episódio de hipertermia.
A mim, só restava rezar para que a pobre não morresse. Ao chegar em casa constatamos seu estado deplorável: desidratada ela não interagia, não comia e não deitava. Sempre em pé, cochilava e se assustava toda vez que sua cabeça pendia. Passou uma semana em pé diante do ventilador. Temiámos a possibilida de dano cerebral e não somente um "trauma psicológico". Foi tratada por dias até que pudesse voltar a dormir e agir como um filhote, mas as sequelas se estenderam por meses.
Por essa razão muitas empresas aéreas se eximem da responsabilidade de transportar animais no verão, especialmente braquicefálicos.




Sirley Vieira Velho

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Um comentário:

  1. Sinistro, epoca boa para trasport e agora que ta uma temperatura mas tranquila, minha casa ja e muito fria moro de frente ao mar mas existe tantas arvores na minha chacara que acaba ficando frio, eu to teclando aqui embaixo das cobertas e la fora ta maior sol. ta dinho mas ainda bem que deu tudo bem no final!

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