Quanto custa um Bulldog Francês?

 
Alguns podem se ofender com a resposta mas ela é a mais adequada àqueles que nos procuram para especular preços.

A resposta é :
–  “Eles custam muito menos do que valem e provavelmente mais do que você gostaria de pagar”.
Entenda porque:

1º Bons exemplares custam caro.
A seleção de linhagens e características físicas requer estudo e numerário.

2º É sempre um grande risco cruzar um cão, mesmo para criadores cuidadosos e conscientes;
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  • os animais que serão reproduzidos precisam de exames. Você pode dizer “ah, mas isso é barato”. Eu respondo “não se você tiver de submeter um frenchie ao risco de uma anestesia geral para um simples RX de quadril. É assim que se consegue um laudo de OK para displasia coxofemoral, arriscando a vida do cachorro que você tanto ama;
  • muitas vezes temos de recorrer à inseminação artificial;
  • dizem que 20% das fêmeas de BF tem parto normal. Acho que alguém deve ter no mínimo 40% de fêmeas parindo por via vaginal. Quem ficou com meus 20%? Porque aqui, só cesariana!
  • Você faz uma ultra-sonografia de 100 reais e pronto! Tudo resolvido, acabaram-se os exames pré-natais, afinal elas só parem mesmo por cesariana. Errado! Além dos exames de sangue, afinal a ferritina precisa se manter em níveis adequados bem como os hormônios tireoideanos. Poucos sabem disso mas até mesmo a prole de animais perfeitamente saudáveis e sua prole podem sofrer as consequências do hipotireoidismo transiente gestacional. Então se tudo der certo uma fêmea ainda fará  dois US e um RX. Você tem de ter certeza absoluta do número de filhotes, mesmo que o parto seja cesariana. Já aconteceu do vet tirar 6 filhotes e fechar a femêa com o 7º na barriga. Infelizmente isso não foi só uma historinha que me contaram, senti na pele a dureza de criar recém nascidos sem mãe.
  • Encontrar um bom veterinário sai caro. Rodar a cidade toda até conhecer alguém coerente, humilde, disponível, apto a aceitar suas limitações, disposto e aberto a estudar uma raça diferente e cheia de peculiaridades requer tempo e é difícil. - Por incrível que pareça uma femeazinha, mal encaminhada, teve sua primeira gestação na mão de “criador experiente”: ele aguardou pacientemente sob orientação e supervisão de veterinário até que ela desse à luz um feto único por parto vaginal. Qualquer acéfalo saberia que feto único cresce muito e fica desproporcional à bacia da fêmea que o gesta, mas esse veterinário não. Tão pouco teve a humildade de perguntar ou ler. Absurdos desse nível marcam demais!
3º Cães necessitam de cuidados especiais para sua manutenção.

4ª Muitas condições de saúde ou “falta de saúde” consideradas “próprias da raça” são perfeitamente evitáveis. No entanto haverá muito investimento com isso:
  • tempo gasto em estudo e aprendizado;
  • despesas na formação de uma pequena biblioteca;
  • implantação dos conhecimentos obtidos;
  • disciplina e mais tempo para que nenhum detalhe seja esquecido em momento algum.
  • medicamentos, suplementos etc..

    5ª Os filhotes precisam de supervisão constante em suas mamadas. 
    – Aquele leitinho que ocasionalmente sai pelo nariz dos bebes pode mata-los. Eles fazem broncoaspiração e  pneumonite muitas vezes fatal.
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    6º Nem sempre podemos aguardar que a fêmea entre em trabalho de parto para começar a cesariana.
    - A cesariana “precoce” pode  retardar a chegada dos instintos maternos, pois não haverá secreção de ocitocina (hormônio responsável, pela contração uterina, secreção láctea e pelo carinho e cuidado que toda mamãe tem por seus bebes) entre outros. Nem sempre elas reconhecerão os bebes como seus, pois elas não viveram o momento do parto. Não tiveram oportunidade de lambe-los ou aquece-los, eventos que fortalecem o instinto da maternidade. Isso obriga o criador a permanecer por horas ou mesmo dias a fio ao lado da mãe e dos bebês. Salvo se você não se importar que ela os devore ou deite sobre eles.

    7ª Ah os bebes! Eles são realmente maravilhosos, uns anjinhos: mamam e dormem (se tudo sair nos conformes).
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    Um belo dia alguém da casa, com peninha daquele olhar pidão da fêmea que está amamentando, resolve lhe dar só um camarãozinho à milanesa. Foi unzinho só, mas desencadeou um episódio de angioedema com urticária. Aí, claro, o vet manda a “prednisona amiga” pra acabar com aquele “inchaço” todo. Maravilha, só que já se passaram mais de duas horas e os bebês estão famintos. A mãe chega, ainda bastante abalada, mas os bebes não se acalmam. Você se belisca, aquilo não pode ser verdade: cadê o leite? Simplesmente secou, mas “ninguém” lembrou ou te avisou que isso iria acontecer.

    8ª Até a terceira semana é o paraíso:
    - Mamãe cuidando de tudo e deixando tudo muito limpo, bebes gordinhos e sequinhos, uma coisa linda de se ver. A partir daí o trabalho é com você, sim eles começam a comer papinha e a fazer muitas caquinhas que mamãe não irá limpar. Se comem 25g de papinha devolvem processadas cerca de 400g de caquinhas. Uma matemática meio sinistra, mas você está ali para isso mesmo…

    9ª Apesar de toda essa função extra a vida continua:
    – Você tendo de chegar na hora ao seu trabalho, bem disposto e alerta para não cometer nenhum deslize. “Sim, mas criador trabalha?” – Claro, criação de cães não é profissão, é hobby. Alguém tem de trazer a “ração super premium pra casa” ou a “AN” (um dia teriam de descobrir que ração não tem tudo o que nosso doguito precisa para crescer forte e inteligente...);

    10ª Aí os bebês crescem...
    – É chegado o dia da primeira dose de vacina. Você resolveu dar-lhes “a picadinha do bem”  à tardinha, pois era o melhor horário para o vet. Ótimo, todo mundo levou “picada no bumbum” e agora vão mimir para esquecer o dodói.  - Engano seu:  eles fazem uma tremenda reação à vacina e começa a choradeira. Eles tem febre e dores pelo corpo. Você corre a medica-los e assim garantir que “alguém” possa ter ao menos uma hora de sono para aguentar o “trampo” no outro dia.

    11ª Eles crescem em estreito contato familiar, sem gaiolas ou chiqueirinhos.
    – Escolhemos aqueles que ficarão em casa (só reproduzimos nossos cães quando queremos ficar com filhotes) e temos de nos preparar para hora da despedida dos demais. Eles permanecem conosco até ao menos 4 meses de idade, quando já estamos muito apegados. Todos são especiais, tem personalidades distintas e oferecem razões de sobra para que estejamos apaixonados por cada um deles. Escolhemos os novos lares sempre imaginando que serão felizes para sempre. Isso nem sempre acontece e é difícil encarar o quão desprezíveis podem ser as pessoas.

    12ª O destino de cada um  deles é da nossa conta.
    – Quando nos despedimos de um filhote não deve ser um adeus, mas um até breve. Procuramos saber como estão, como está sendo seu desenvolvimento, se estão felizes e se estão bem adaptados ou não. Tentamos estar preparados para, a  qualquer momento, pegá-los de volta ou mesmo resgatá-los. Os cães são constantes, seus donos não.
    Por mais que procuremos selecionar os novos lares, pessoas são imprevisíveis. Se separam, casam, tem filhos que gostam de chutar cachorrinhos e sabe lá Deus o que mais…

    Provavelmente muitos acham besteira tudo o que escrevi afinal há uma certa seleção natural em deixa-los crescer à própria sorte. Aqui pensamos que não, preferimos não banalizar

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    Todo o empenho, dedicação e todo o prazer e alegria que eles nos proporcionam não tem tem preço.

    Antes de optar por um cão de raça pura considere suas características físicas, temperamento, necessidade de exercícios e aspectos ligados a saúde e cuidados. Um animal é e será sempre totalmente dependente. O convívio prazeroso entre vocês se condiciona a sua disposição em atender à demanda do cão.


    Você sabia que um cão bem tratado pode ultrapassar 15 anos de vida? Adotar é um compromisso de longo prazo, pense nisso!

    Para saber mais sobre alguns outros valores agregados à criação respeitosa de cães acesse o link  Quanto custa um West High Land Terrier?

    Sirley Vieira Velho
    http://www.skonbull.com/

    Direitos Reservados
    Seja gentil, seja coerente e correto, cite a fonte original sempre! :)

    Reencontre seu Cão Perdido ou Furtado

    " Creia!  Basta ser sincero e desejar profundo. Você será capaz de sacudir o mundo"...- Raul Seixas

    É passado um ano do terrível pesadelo que sofremos quando Iv e Sophia, dois de nossos queridos frenchies, foram levados aqui de casa. Eles foram roubados e recuperados em 31 horas. Muitos amigos nos auxiliaram na procura. Achamos esse artigo na internet que foi fundamental para ordenarmos as idéias logo no incio do tormento que passamos. Gostaria de agradecer a quem o escreveu adaptando-o a nossa experiencia.
    Graças a Deus e aos amigos nossos amados Iv e Sophia estão de volta ao lar. Nossa eterna gratidão a todos que torceram por nós, que rezaram por nós e que nos confortaram. Amamos vocês, nossos amigos.

    Em seu artigo publicado na revista americana Dog World de dezembro de 1987, Shannon T. Hiatt alerta todos os proprietários de cães com o seguinte conselho: "Por mais responsável que você seja, não pense que seu cão nunca escapará de sua casa. Porque isso pode acontecer. Esteja preparado para esse momento".
    Um cão escapa de casa porque o portão foi aberto e isso é uma das coisas mais fáceis de acontecer no nosso dia-a-dia. Por isso, prepare-se para recuperar seu cão que fugiu inesperadamente.

    Se o cão foi roubado ou capturado por pessoas que não têm a intenção de devolvê-lo ao seu legítimo dono, a recuperação pode ser mais difícil, mas não é impossível.
    Não é impossível, pois 4 situações podem ocorrer:


    1ª) o cão poderá escapar também da pessoa que o capturou ou roubou;

    2ª) a pessoa que o retém poderá soltá-lo, pois ele pode não ser o cão que se desejava (come muito, late demais, é bravo, tem temperamento forte, está destruindo as plantas, faz "necessidades" em lugares proibidos, rói os móveis, arranha a porta para fugir, está triste etc.;


    3ª) pode haver denúncia da presença do cão na casa do dono ilegítimo e


    4ª) o cão pode ter sido "seqüestrado" para ser trocado por uma recompensa.

     
    Quando o cão é capturado por pessoas conscientes e que desejam devolvê-lo, o grande obstáculo é o encontro do legítimo dono, por isso a divulgação adequada da perda aumenta bastante a probabilidade de recuperação.
    O assunto "cão perdido" é internacional e tratado, com freqüência, por várias revistas nacionais e estrangeiras. Muitos proprietários viveram, vivem e viverão o drama de perder seu cão e ter que procurá-lo.
    Com o objetivo de colaborar com esses proprietários, descreveremos aqui as providências mais aconselháveis para recuperar o "seu amigão."


    Antes que o cão fuja de casa, 4 medidas importantes devem ser adotadas:


    1ª) Registre em uma folha de papel, uma "descrição de características" de seu animal, mais completa possível, utilizando, para isso, termos compreensíveis. Não adianta só falar que seu cão é um Rottweiller, Dogue Alemão ou Husky Siberiano etc. As pessoas não conhecem a maioria das raças. Entre outros dados cite: raça, sexo, cor, tamanho (comprimento e altura), nome, idade e sinais particulares. Neste item peça o auxílio do
    Médico Veterinário. Coloque, nesta folha, o número de seu telefone para contato. Atualize periodicamente esta folha.



    2ª) Fixe na coleira ou enforcador do seu cão, uma plaqueta ou um "porta-endereços" com o número do seu telefone.

    3ª) Mantenha fotografias recentes do animal. Sabe-se que uma fotografia, por pior que seja, é melhor do que qualquer boa descrição.


    4ª) Colecione a documentação do cão, como: registro de vacinações, receitas, pedigree, recibo de compra, fotografias, folha com "descrição de características" etc.


    Além das providências acima citadas, existe outra, como acréscimo, bem eficiente, mas que exige mais tempo, dedicação e muita paciência, trata-se de ensinar o seu cão a voltar para casa.
    Quando constatar que o seu cão fugiu, as seguintes medidas devem ser adotadas, de acordo com o decorrer do tempo: 
    - FIQUE CALMO! Se você estiver em pânico, a sua capacidade de raciocínio diminuirá e uma tragédia poderá acontecer ao atravessar uma rua ou dirigindo seu veículo.
    - Procure-o na vizinhança (seus vizinhos conhecem seu cão).
    Não encontrando-o em 30 minutos:


    - Peça ajuda de parentes, amigos e vizinhos.


    - Divulgue em suas redes de relacionamento na internet.

    - Escreva em pedaços de papel, número de telefones para contato.



    - Caso seu animal seja microchipado notifique a empresa do microchip. Eles oferecem gratuitamente o serviço de divulgação de furto às clinicas que possuem leitores de chip.


    - Registre um Boletim de Ocorrência Policial na delegacia de seu bairro.


    - Imprima fotografias do cão com o nome pelo qual ele atende, raça, tamanho, sexo, o valor da recompensa e seu telefone e fixe em pontos de ônibus e estabelecimentos comerciais próximos a sua casa.

    - Intensifique a busca, em todas as direções a pé ou de carro. Inicialmente, percorra a distância de 400m de raio, aumente a distância com o decorrer do tempo.


    - Se o seu cão for de porte grande e você não pode carregá-lo, tenha em mãos coleira, enforcador, guia ou corda, para facilitar a sua captura e transporte.


    - Consulte as pessoas que encontrar na rua, fornecendo as características do animal e mostrando a fotografia. Dê ponto de referência para receber notícias de retorno.


    - As pessoas que mais podem ajudar são: porteiros de prédios, vigias, frentistas de postos de gasolina, taxistas, estudantes de escolas próximas, comerciantes do bairro, principalmente lanchonetes, bares, restaurantes, padarias, mercearias, onde o cão poderá procurar alimentos quando esfomeado. Indique o número de telefone para contatos futuros.


    - Verifique todas as pistas fornecidas.


    - Se estiver de carro, leve alguém que esteja livre para olhar ao redor, enquanto você dirige.


    - Quando os cães da redondeza estiverem latindo muito, dê uma olhada, pois o seu cão poderá estar se aproxim
    Matéria extraída do site (http://www.cesaho.com.br)ando deles.


    Após algumas horas, se a busca for infrutífera:

    - Tire cópias da "descrição de características" do cão e entregue às pessoas que você acredita que podem ajudá-lo.


    - Procure as Clínicas Veterinárias e Pet Shops e forneça os dados completos do cão e os impressos com foto e dados. 
     Forneça informações sobre a sua saúde e se possui algum mal crônico.
    - Procure a Sociedade Protetora dos Animais e forneça cópia da folha de "descrição de características" .

    - Se o município possui serviço de apreensão de animais ou canil, visite-os, se possível, diariamente.


    - Anuncie nas rádios e jornais.


    - Distribua aos amigos e colegas a os impressos com foto e "descrição de características".


    - Uma providência que tem dado bom resultado é a colocação de faixas na rua (esquinas movimentadas). Nelas são fornecidos dados do animal e telefones para contato.

    Para finalizar, desejamos transmitir mais cinco conselhos que julgamos importantes:


    1º) Divulgue intensamente a perda de seu cão, oferecendo sempre boa RECOMPENSA.


    2º) Seja persistente. Prepare uma lista de pessoas e instituições que você julga poder ajudá-lo e que devem ser contatados diariamente ou algumas vezes por semana. Demonstre a todos que seu cão é importante para você.

    3ª) Não desista até encontrar seu cão! A esperança é a última que morre.


    4ª ) Cuidado com alarmes falsos ou chamados "trotes". Existem pessoas inescrupulosas. Não vá à noite ou em lugares desertos encontrar alguém que diz estar com seu cão. Pode ser uma cilada. O seu endereço também não deve ser divulgado, algum "amigo do alheio" pode ficar sabendo que você está sem "seu guarda".


    5ª) Encontrando o seu cão, procure comunicar, pelo menos, às pessoas e instituições constantes de sua lista.

    Lembre-se! Este comportamento não deixa de ser uma forma de reconhecimento e agradecimento para com aqueles que estiveram alerta e tentaram ajudá-lo a reencontrar o seu cão.

    Antonio de Oliveira Lobão é médico veterinário).






    Artigo original

    Ajude a divulgar essas informações elas podem valer uma vida.

    Dica de leitura : “ A Cabeça do Cachorro”

    FAntasia
    Skonbull Isabeau, nossa top frenchie model

    A Cabeça do Cachorro

    1a. edição, 2010
    Alezandra Horowitz
    Best Seller
    Veja ficha completa

    Sinopse

    Melhor amigo do homem há milhares de anos, o cão desenvolveu uma profunda compreensão sobre o seu dono e ambos construíram uma relação de mútuo companheirismo.
    Tratados, quase sempre, como um membro da família, eles ganham presentes, têm atitudes ligeiramente humanizadas e entendem facilmente as ordens do dono.
    Há quem diga que o seu cachorro de estimação vive sentimentos como ciúmes, tristeza e inveja, emoções atribuídas ao homem.
    Lançado originalmente nos Estados Unidos, "A Cabeça do Cachorro", da professora e pesquisadora do departamento de psicologia do Barnard College de Nova York, Alexandra Horowitz, tornou-se um grande sucesso de crítica e vendas.
    Horowitz, doutora em ciência cognitiva pela University of Califórnia, mostra como os cães percebem sons, cheiros e movimentos ao seu redor, e ensina por que certas atitudes não devem ser punidas ou estimuladas.
    A autora desvenda os segredos dos cachorros e explica cientificamente como eles evoluíram a compreensão e a comunicação na convivência com o homem.
    Leia mais
    Psicóloga estuda comportamento dos cães e sua comunicação com os donos
    Professora de psicologia ensina a interpretar o seu cão
    “Horowitz explora o saber cientifico sobre cachorros, sem relegar os animais de estimação, emocionalmente, a ratos de laboratório.”
    The New York Times
    “A cabeça do cachorro oferece um profundo mergulho na vida interior dos cães, assunto deixado de lado pelos poetas e filósofos.”
    Washington post
     
    Este texto foi  retirado do site : http://livraria.folha.com.br/catalogo/1152056/a-cabeca-do-cachorro

    Boa leitura

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Bulldog Francês em: Segredos do Padrão

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    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: O Dia Em Que Meu Frenchie Virou Shar Pei - Angioedema

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    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Prolápso da Glândula da Terceira Palpebra - Cherry Eyes

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    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Bulldog Francês não é Pug

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Bulldog Francês não é Pug

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Otite externa - Quem tem cão tem medo

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Otite externa - Quem tem cão tem medo

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Quem tem medo de zoonose? Primeira Parte

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Quem tem medo de zoonose? Primeira Parte: "SÁBADO, 16 DE OUTUBRO DE 2010"

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Segundo Capítulo da Série Zoonoses- Leptospirose

    Skonbull Frenchies, o destino deles é da nossa conta.: Segundo Capítulo da Série Zoonoses- Leptospirose

    Segundo Capítulo da Série Zoonoses- Leptospirose

    Estamos na primavera, época mais chuvosa do ano na região sul do país. Esse é o momento de estarmos atentos aos riscos da Leptospirose.
    Vamos acordar!
     

    Eles dormem alheios aos riscos, mas seus donos não.
    Leptospirose
    É um termo genérico que engloba uma série de doenças agudas e febris causadas por espiroquetas patogênicos do gênero Leptospira. As duas principais espécies são a L. interrogans (patogênica) e a L. biflexa (não patogênica). Outras leptospiras: L. inadai, L. borgpeterseni, L. noguchii, L. santarosai, L. weilii, L. kirshneri, L. meyeri, L. wolbachii.
    A doença  existe de forma endêmica em todos os continentes e em condições específicas pode assumir características de surtos epidêmicos. Acomete o homem, animais domésticos e silvestres.
    É uma zoonose de ocorrência elevada em nível similar ao da toxoplasmose.
    A L. interrogans (patogênica) possui 23 sorogrupos e mais de 250 serovars (refere-se a variações distintas dentro de uma subespécie de bactéria baseada em associações de antígenos de superfície celular) que determinam a severidade da doença juntamente com a susceptibilidade do indivíduo. Os exames para determinação dos serovars se fazem por painéis de soros e não por biologia molecular. No entanto sabe-se que os diversos serovars diferem entre si pela genética e também pela virulência. 


    Hospedeiro
    O homem é um hospedeiro transitório e casual de leptospiras por um curto período da doença. Nele a cadeia epidemiológica é finalizada. Somente em casos excepcionais ocorre a transmissão inter hominis.
    Os animais domésticos e silvestres podem ser portadores assintomáticos,  apresentar manifestações discretas, severas ou mesmo fatais. Dessa forma eles podem se tornar reservatórios de Leptospira.(1)
     
    Hospedeiros ou Reservatórios?
    Animais domésticos
    - cão;
    - rato;
    - bovinos;
    - suínos;
    - ovinos;
    - caprinos;
    - equinos
    Animais silvestres
    - roedores;
    - muitos carnívoros;
    - marsupiais;
    - coatis e racuns (na América do Norte).

    Vacas, porcas, ovelhas, cabras, cadelas e mulheres podem abortar em consequência à infecção por leptospiras. Não costuma haver indicação para o abortamento terapeutico se a gravidez evoluir. Não é comum a ocorrencia de fetos mal formados. Desaconselha-se o aleitamento quando a lactante é exposta ou apresenta sinais da doença, pois o leite pode transmitir a leptospiras.


    O rato de esgoto é o maior portador “são” universal, com taxa superior a 60%. Ele se infecta ainda filhote e torna-se reservatório de forma intermitente ou contínua por toda sua vida. Assim ele contamina o ambiente, particularmente a água. Exemplares muito jovens também podem sucumbir por leptospiras.
    Na América do Norte o guaxinim urbano é considerado importante reservatório.

    Contaminação

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    Se dá pelo contato direto ou indireto com a urina de animais infectados. Geralmente a porta de entrada são cortes ou escoriações na pele, mucosas ou conjuntiva. Há controversias sobre a capacidade das leptospiras atravessarem a pele íntegra.

    A água exerce papel primordial na transmissão das leptospiras já que a maior parte das contaminações ocorre através dela.  Em toda a parte onde a leptospirose é endêmica há um elo hídrico entre homem e animal. 


     A Doença
    Após a exposição ao agente da  leptospirose o organismo pode responder com sintomas pouco específicos semelhantes a um resfriados comum. Nessa fase a adoção de medidas profiláticas , como o uso empírico de antibióticos, pode reduzir a agressividade da fase seguinte da doença. À fase de infecção inicial se sucede outra onde os anticorpos produzidos contra a leptospira passam a agredir também o organismo que os produziu: é a chamada fase autoimune. Ela pode cursar com manifestções de comprometimento hepático, meníngeo, pulmonar ou com coagulopatia e morte. Nesse período o tratamento visa a tomada de medidas de suporte como manutenção de sinais vitais com hidratação, oxigenação adequada, hemodiálise, tratatando as complicações que se sucedem. Não há medicamentos específicos. 
    • A lepstospirose tem apresentação súbita e inespecífica. As manifestações variam desde uma infecção subclínica, seguida por soroconversão (formação de anticorpos).O quadro inicial pode se assemelhar ao de um simples resfriado com coriza, febre, tosse e dores pelo corpo, mialgia importante que impossibilita a deambulação inclusive com elevação de CPK (marcador bioquímico de dano muscular).
    • Evolui como doença febril anictérica que pode ser autolimitada ou evoluir para complicações:  meningite, vasculopatia, falência renal, choque, hemorragia pulmonar e morte.
    Estudos recentes mostram que a leptospirose é causa comum de doença febril indiferenciada. O tratamento precoce é essencial uma vez que a antibiótico terapia é de grande ajuda quando adotada no curso incicial da doençal. A opção do médico ou veterinário de iniciar o tratamento empiricamente pode ser a única chance do individuo.
    O curso da infecção tem características semelhantes no animal e no homem. O cão pode ser acometido pela forma hemorrágica, grave e não raro fatal. O gato dificilmente adoece. Pessoas ou animais portadores de doença hepática correm mais risco de morte diante da leptospirose.

    O tempo de incubação é em média de 10 dias (entre 2 a 26 dias)

    No homem a mortalidade por leptospirose caiu um pouco depois que se passou a empregar diálise diária dos doentes graves até remissão total dos sintomas renais. Antes dessa, relativamente, recente mudança de conduta médica a mortalidade variava de 15 a 30%, mas ainda é bastante alta.

    Ela pode matar de 10 a 20% dos cães contaminados (5)

    São poucos os centros que dispõem de diálise para animais domésticos. Raros são os veterinários que reconhecem na diálise uma poderosa ferramenta para o tratamento dos animais doentes.

    Curiosamente as manifestações da leptospirose em doentes infectados pelo HIV são as mesmas evidenciadas nos imunocompetentes.

    Diagnóstico laboratorial
    Testes sorológicos incluem:
    • teste de aglutinação microscópica (MAT), geralmente títulos superiores a 1:800 são indicativos de infecção atual ou recente por leptospiras (em soro humano podem ocorrer reações cruzadas com outras doenças como sifilis, doença de Lyme e legionella)
    • teste de aglutinação macroscópica;
    • hemaglutinação indireta;
    • ELISA;
    •  Novas técnicas como a reação em cadeia da polimerase (PCR) estão sendo utilizadas contribuindo para a celeridade no diagnóstico.

    Vacinar contra leptospirose ou não, eis a questão.
    A grande variedade de serovars que podem infectar o homem dificulta a produção de uma vacina para humanos. Já a vacinação para animais, especialmente gado é possível, mas a imunidade dura poucos meses. Até o ano 2000 as vacinas para cães cobriam os serovars canicola e icterohaemorrhagiae, cuja incidência vem diminuindo. Outros serovars também podem infectar os cães como  grippotyphosa, pomona e bratislava. Novas vacinas imunizam também contra os serovars grippotyphosa e pomona.
    A vacina contra leptospirose é uma das que mais causa reações adversas, pelo fato de utilizar bactérias inativadas. Sua proteção dura entre 6 e 8 meses. Alguns veterinários recomendam a vacinação de cães  no mínimo após a 12 ou 16 semanas de vida devido aos riscos de reações importantes.
    Converse com seu veterinário a respeito do custo beneficio da vacinação para seu animal. Animais que vivam sob condições de risco poderiam se beneficiar pela vacina.

    A importância dos animais portadores depende de diferentes fatores, sendo o pH um deles. As leptospiras, apesar de agressivas, são muito sensíveis e no geral não resistem à acidez (pH menor que 7) sendo justamente as patogênicas as mais susceptíveis. A urina do homem, por exemplo, é bastante ácida  não conferindo perigo de contaminação por matar as leptospiras.
    Outro fator importante é o ambiente onde vive o animal portador. Os animais que eliminam leptospiras em ambientes desfavoráveis, onde elas sejam rapidamente destruídas, tem pouca importância na transmissão. Portanto um cão, ainda que portador, mas que viva em ambiente limpo, seco e arejado, em tese, não ofereceria riscos. 

     Ambientes de risco: os locais sujeitos a alagamentos, terrenos lamacentos, plantações de arroz. O pH neutro ou ligeiramente básico destes solos e a presença de água contribuem para a sobrevida das leptospiras por dias ou mesmo meses.
    Cães que costumam caçar estão mais expostos ao risco de contrair leptospirose.
    Assim como acontece com o homem, os animais também se contaminam pelo contato com água infectada.


    Desintectando o ambiente:
     
    Hipoclorito de sódio (água sanitária) diluído a 10% é a forma prática, barata e eficaz de limpar pisos e calçadas eliminado leptospiras. 
     
    Sob o ponto de vista prático
    Salvar uma vida depende da identificação precoce da doença e inicio imediato de tratamento. Se houver exposição a riscos, como enchentes, vazamento de esgotos etc, solicite ao veterinário que medique profilaticamente, com antibióticos, o seu cão. O médico provavelmente faria o mesmo por você.
    Lembre-se de que seu bichinho só pode contar com você.


    É bom saber:
    Embora cães estejam relacionadados a algumas zoonoses os riscos de infectarem seus donos são pequenos e podem ser ainda mais reduzidos se adotarmos  simples precauções.

     Leia também: Quem tem medo de Zoonoses? Primeira Parte.

    Antes de optar por um cão de raça pura considere suas características físicas, temperamento, necessidade de exercícios e aspectos ligados a saúde e cuidados. Um animal é e será sempre totalmente dependente. O convívio prazeroso entre vocês se condiciona a sua disposição em atender à demanda do cão.

    Você sabia que um cão bem tratado pode ultrapassar 15 anos de vida?

    Adotar é um compromisso de longo prazo, pense nisso!
    Sirley Vieira Velho
    http://www.skonbull.com/

    Direitos Reservados 
    Seja gentil, seja coerente e correto, cite a fonte original sempre! :) 

     
    Referências
    1- Ricardo Veronesi - Doenças Infecciosas e Parasitárias ; Ed Guanabara Koogan, Rio de Janeiro- RJ
    2- Glasser CA - Animal-associated opportunistic infections among persons infected with the human immunodeficiency virus ; Angulo FJ; Rooney JAs;Program in AIDS Prevention Studies, University of California, San Francisco 94105.
    3-Yupin Suputtamongkol et all- Strategies for Diagnosis and Threatment of Supected Lepospirosis: A Cost- Benfit Analysis-. Bankok Thailand ; February 2010.
    4-Camille N Kotton- Zoonoses From Dogs; http://www.uptodate.com/home/store.do. Maio 2010
    5-Gillian D. et all - Increase in seroprevalence of canine leptospirosis and its risks factors; Ontario, Canada 2008.
    6 -Kaplan JE; Masur H; Holmes KK- Guidelines for preventing opportunistic infections among HIV-infected persons--2002. Recommendations of the U.S. Public Health Service and the Infectious Diseases Society of America.
    7- Centers for Disease Control and Prevention USA http://www.cdc.gov/healthypets/health_prof.htm#petscription
    8- Setúbal, Sérgio - Lepospirose,  Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense 2004 http://labutes.vilabol.uol.com.br/lepto.htm

    Quem tem medo de zoonose? Primeira Parte

    Tanguy ama seu pet


    Entre cães e gatos

    Os animais representam importante papel em nossas vidas. Mais do que simples pets eles ocupam espaço em nossas famílias e em nossos corações. São entes mais do que queridos, nós os mimamos e os tratamos como bebes. Eles melhoram a saúde física, mental e emocional das pessoas. Reduzem o estresse, aumentam os níveis do bom colesterol, reduzem a pressão arterial, reforçam a imunidade, curam depressão dentre outros benefícios. No entanto para que o convívio permaneça salutar para animal e dono devemos estar atentos aos cuidados indispensáveis.


     Zoonose, que bicho é esse?
    Sabe-se que temos muito mais semelhanças com os animais do que diferenças. São essas semelhanças que nos aproximam tanto de nossos bichinhos de estimação. Essas mesmas semelhanças podem fazer com que patógenos de animais sejam capazes de agredir também o homem e vice-versa.
    As zoonoses resultam de uma complexa interação entre patógeno, hospedeiro e ambiente. Podem ser transmitidas por animais domésticos, silvestres ou parasitas desses animais.
    Novas técnicas de biologia molecular vem sendo criadas e são de grande auxilio no diagnóstico dessas doenças.
    Então zoonoses nada mais são do que doenças dos animais que podem ser transmissíveis ao homem.


    A despeito dos inúmeros pontos positivos dos pets as zoonoses podem representar riscos especialmente para pessoas imunocomprometidas:

    - esplenectomizados (quem sofreu a remoção cirúrgica do baço, um importante órgão no sistema imunológico)(2);
    - doentes com Aids. Para os que desejam um bichinho de estimação é aconselhável cães com mais de 6 meses de idade ou gatos com mais de um ano. Precauções extras devem ser tomadas ao optar por animais oriundos de abrigos, pet shops, feiras de animais ou de criadores que ofereçam  muitas "facilidades". Os cuidados sanitários podem não ser muito padronizados nesses locais e isso os expõe  a maiores riscos.
    Atualmente é de entendimento geral que os pets oferecem mais benefícios do que riscos ao portador do vírus HIV(2), contudo é desencorajada a aquisição de répteis, ferrets e outros animais exóticos.
    - pessoas que estejam utilizando medicamentos imunossupressores: transplantados, em uso de quimioterapia para câncer, atrite reumatóide, lupus e outras doenças do colágeno. Esses doentes deveriam evitar o contato com animais, seus dejetos ou mesmo seu ambiente(2). Travesseiros de penas não deveriam ser usados(4).


    Saiba como reduzir e eliminar riscos adotando precauções muito simples.

    A  chave no combate às zoonoses está na saúde de seu pet e nos cuidados que você dispensa a ele. 
     
    - Visitas regulares ao veterinário para exame cuidadoso de seu animalzinho;

    - Escolha de vacinas de boa qualidade e em estabelecimentos confiáveis. A temperatura de armazenamento das vacinas é fundamental. Certifique-se de que é feito controle de temperatura das geladeiras. Algumas clínicas ficam fechadas à noite ou durante o fim de semana. É preciso que haja dispositivos que registrem a variação da temperatura das geladeiras onde as vacinas são armazenadas. Assim se houver queda de energia a ponto de comprometer sua eficácia deverão ser desprezadas. Você acredita que sua clínica favorita adotaria essa postura?
    Há sensores eletrônicos (temperature and humidity data loggers), amplamente disponíveis no mercado, menores que um pendrive, que registram toda e qualquer oscilação de temperatura dentro de caixas de transporte de vacina ou hemocomponentes. Até o presente momento eles são que há de mais seguro, preciso e, ao menos por enquanto, "imunes" a adulteração de registros. Servem como controle de qualidade de empresas que realmente se responsabilizam pelo produto que fornecem.

    - Controle sistemático de parasitas externos e internos dos animais (carrapatos, pulgas, piolhos, ácaros e verminoses) bem como o controle dessas pragas no ambiente.


    - Controle de parasitas internos das pessoas que convivem diretamente com os animais. SIM, dos humanos, é isso mesmo! Faça exame parasitológico de fezes, pois você também poderá infectar seu cão. Para quem ainda não digeriu o fato lá vai : somos todos animais!

    - Alimentação adequada. Se você oferece alimentação natural crua a seu cão ou gato esteja atento quanto à procedência das carnes que utiliza bem como aos cuidados no preparo.


    Selecione os alimentos. Não compre cão por lebre.
    - Combate sistemático a moscas, mosquitos, baratas e roedores.

    - Lave as mãos depois de brincar com seu animal ou limpar suas caquinhas.

    - Cães e gatos são muito fofos, mas procure não beijá-los. Evite também as lambidas, especialmente, nas  crianças. 


    - Crianças e animais são naturalmente atraídos. O contato entre eles é extremamente benéfico para a saúde e desenvolvimento psicomotor. Crianças muitos pequenas costumam brincar de morder e levam tudo à boca. Evite que elas lambam ou mordam seu cão.


    - Se você tem crianças e deseja adotar um cão é aconselhavél um exemplar já adulto. Eles não brincam de morder e arranham menos que os filhotes. São mais adequados ao convívio com crianças e  menos vulneráveis a brincadeiras "infantís" que possam feri-los ou mesmo mata-los. Nunca permita que crianças brinquem com  filhotes sem a supervisão de um adulto. Animais não são briquedos, a vida é frágil!

    -Tenha cuidado ao selecionar seu pet. 


    Zoonoses mais comumente associadas aos cães
     
    Elas podem ser causadas por bactérias ou parasitas e apresentam diferentes formas de transmissão:
    1- Transmissão Através da Saliva Fluidos ou Aerosois  contaminação por mordida, ou mesmo saliva sobre uma lesão já existente na pele,  mocosas ou vias aereas;
    1.1 Virais
    - Raiva, doença cusada por vírus e transmitida através da saliva (geralmente pela mordida), somente animais contaminados são transmissores. A maioria dos mamíferos é sucetível a ela, sendo equinos e bovinos os mais vulneráveis devido aos ataques por morcegos hematófagos. Não existe portador são. Não existe cura. O reservatório na natureza é o morcego.
    É bom lembrar:
    *morcegos insetívoros e frugívoros não transmitem a raiva. Esses animais controlam pragas e promovem a polinização.
    1.2 Bacterianas
    1.2.1- Pasteurella spp (P. canis e P. dogmatis) coco bacilo gram negativo que tanto pode ser um comensal ou patógeno na cavidade oral dos cães. Pode causar artrite séptica e osteomielite.  Outras espécies são apontadas por causarem infecções no homem e com maior prevalencia. 

    1.2.2- Capnocytophaga canimorsus e C. cynodegmi, bactérias que fazem parte flora oral de cães e gatos saudáveis e são transmitidas pela mordida ou arranhadura desses animais. O C. canimorsus pode causar sepsis e meningite fulminante especialmente em pacientes esplenectomizados e etilistas.C. cynodegmi pode causar uma infecção menos severa, geralmente restrita a pele e tecidos moles. 
    1.2.3- Brucella: transmissão por aerosois. A Brucella canis tem distribuição mundial, mas não costuma infectar o homem, sendo incomum notificações de infecções humanas por ela.  Os raros casos estão ligados a contato com placenta.
    A brucelose humana está geralmente associada à B.melitensis, B. suis e B. abortus
    1.2.4- Bordetella bronchiseptica -  Causa a tosse dos canis em cães, coriza em coelhos e rinite afrófica em leitões. A contaminação se dá por aerosois. Cães que habitam portos podem carregar pequenos números dessa bactéria em sua orafaringe.
    Embora a infecção seja rara em humanos ela tem sido reportada em individuos imunocomprometidos.
                                                                                     
    2-Transmissão Fecal no simples ato levar a mão suja à boca ou pelo consumo de hortaliças contaminadas você poderá ingerir, bactérias,  cistos ou ovos presentes nas fezes de animais contaminados;
    2.1 Bacteriana
    - Samonella spp sendo o sorotipo Typhimurium um dos mais reportados. Pode causar gastroenterites severas ou ser assintomática. Sua importancia decorre justamente dos portadores sãos, assintomáticos.

    - Campylobacter spp: a infecção pode ser transmitida por cães adultos e filhotes e merece atenção  de criadores, especilamente porque humanos também podem transmiti-la aos cães. Essa infecção resulta em  sepsis e morte em filhotinhos rescem nascidos.
    2.2 Por Protozoários
     
    - Giardia spp ( G. lamblia, G. duodenalis ou G. intestinalis)
    É um protozoário flagelado que parasita o sistema gastrointestinal causando diarréias. A forma contaminante é o cisto, forma bastante resistente que é eliminada junto com as fezes do animal. Os portadores, tanto animais quanto humanos, podem ser também assintomáticos. Merece especial atenção dos criadores pois essa infecção é capaz de dizimar ninhadas inteiras de cães ou gatos. 

    2.3 Por parasitas intestinais 
    2.3.1 Toxocara canis
     É um nemathelminto (verme redondo, lembrando espagueti) e causa a larva migrans viceral e a larva migrans ocular no homem. Os vermes adultos habitam o intestino delgado de cães não desverminados e ali liberam seus ovos. A contaminação do homem se dá pela ingestão dos ovos através das mãos contaminadas com dejetos do animal, solo contaminado ou vegetais crus não higienizados. É possível encontrar ovos do parasita nos pelos da região perianal dos animais infectados(8).
    A infestação severa de filhotes pode leva-los a morte e requer tratamento especial a base de vermifugos e óleo mineral. A toxocaríase produz eosinofilia maciça tanto no cão quanto no homem.

    2.3.2 Ancilostoma caninum e Ancilostoma braziliensis
    Esses pequenos parasitas medem cerca de 10mm e habitam o intestino delgado de cães e gatos. São os agentes etiológicos da larva migrans cutânea, o "bicho geográfico". O ovos são eliminados nas fezes e em 24 a 48 horas eclodirão as larvas que se movimentam ativamente permanecendo no solo. Elas rompem a barreira cutânea intacta do homem e também do cão e cavam túneis sob a pele formando lesões serpinginosas e pruriticas.

    2.3.3 Echinococus granulosos
    Cães e outros mamíferos carnívoros sãos os hospedeiros definitivos desse pequeno verme achatado, cestódeo. Os vermes adultos habitam o intestino delgado desses animais e ali liberam seus ovos.
    Na fase larvária os hospedeiros são ovinos, suinos, bovinos e muitos outros mamíferos, inclusive o homem. Os ovos ingeridos liberam o embrião hexacanto que alcança a corrente sanguínea. O embrião irá atingir um órgão: fígado, pulmão, rins ou cérebro e ali a larva irá assumir forma cistica e fixa formando o cisto hidático. A hidatidose assume importância e consequencias de acordo com sua localização.
     Os hospedeiros definitivos se infectam ao ingerirem carnes cruas contendo o cisto hidático.

    2.3.4 Dipylidium caninum
    Cestódeo frequente em cães e gatos de todas as partes do mundo, raramente é encontrado no homem. Uma tenia longa que mede entre 25 a 35com de comprimento sendo que alguns autores chegam a afirmar que possa atingir até 70cm. Tem como característica principal o fato de os proglotes grávidos eliminados com as fezes apresentarem movimento ativo, diferentemente de outras tenias.
    Os hospedeiros intermediários são a pulga do cão (Ctenocephalides canis) e do gato (Ctenocephalides felis) e ocasionalmente a Pulex irritans (ataca mais o homem e ocasionalmente o cão) e o malófago, "piolho" do cão (Trichodectes canis). O homem se infesta circunstancialmente ao ingerir o inseto que abriga a forma larvária do verme.
    A dipilidose humana é relativamente rara, sendo em geral observada em crianças. As infestações humanas costumam ser por pequeno número de parasitas e assintomáticas.

    3- Transmissão através da água contaminada com urina de animais;

    3.1 Leptospirose. Doenca transmitida por uma bactéria espiroqueta tanto pode ser assintomática como provocar reações exacerbadas que podem levar  a morte. Por ser tema extenso e de importancia será abordado posteriormente.


    Algumas zoonoses conhecidas:


    •Antrax
    •Febre Amarela
    •Doença de Lyme
    •Leishmaniose
    •Criptococose
    •Toxoplasmose
    •Anaplamose
    •Babesiose
    •Erlichiose
    •Tifo
    •Tuberculose
    •Tétano
    •Sporotricose
    •Yersiniose
    •Fasciolase
    •Cisticercose
    •Balantidíase
    •Influenza
    •Malária
    •Hanseníase
    •Peste
    •Dermatofitoses
    •Richetsioses
    •Nocardiose
    •Pscitacose
    •Ornitose
    •Doença de Chagas
    •Listeriose
    •Hantavirus
    •H1N1
    •Gripe aviária
    •Dirofilariose
    •Miiase
    •Esquistossomose
    •Encefalite de St. Louis


    É bom saber:
    Embora cães estejam relacionadados a algumas zoonoses os riscos de infectarem seus donos são pequenos e podem ser ainda mais reduzidos se adotarmos as simples precauções acima descritas.

    Falaremos de algumas zoonoses ligadas a cães e gatos e suas principais manifestações em postagens subsequentes.


    Antes de optar por um cão de raça pura considere suas características físicas, temperamento, necessidade de exercícios e aspectos ligados a saúde e cuidados. Um animal é e será sempre totalmente dependente. O convívio prazeiroso entre vocês se condiciona a sua disposição em atender à demanda do cão.


    Você sabia que um cão bem tratado pode ultrapassar 15 anos de vida?


    Adotar é um compromisso de longo prazo, pense nisso!

    Sirley Vieira Velho
    http://www.skonbull.com/

    Direitos Reservados

    Seja gentil, seja coerente e correto, cite a fonte original sempre! :)
     
    Referências
    1- Ricardo Veronesi - Doenças Infecciosas e Parasitárias ; Ed Guanabara Koogan, Rio de Janeiro- RJ
    2- Glasser CA - Animal-associated opportunistic infections among persons infected with the human immunodeficiency virus ; Angulo FJ; Rooney JAs;Program in AIDS Prevention Studies, University of California, San Francisco 94105.
    4-Camille N Kotton- Zoonoses From Dogs; http://www.uptodate.com/home/store.do. Maio 2010
    5-Gillian D. et all - Increase in seroprevalence of canine leptospirosis and its risks factors; Ontario, Canada 2008.
    6 -Kaplan JE; Masur H; Holmes KK- Guidelines for preventing opportunistic infections among HIV-infected persons--2002. Recommendations of the U.S. Public Health Service and the Infectious Diseases Society of America.
    7- Centers for Disease Control and Prevention USA http://www.cdc.gov/healthypets/health_prof.htm#petscription
    8- Amaral HL et all- Presença de ovos de Toxocara canis sobre pelo de cães: Um fator de risco para a larva migrans visceral. Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande do Sul.

    Imagens próprias e protegidas por direitos autorais.

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